Pacientes denunciam atendimento da UPA de Oeiras



A paciente Marcia Caroline disse que chegou na UPA 12:00 horas, e até as 17:40 horas ainda não havia finalizado o atendimento. "Cheguei 12 horas, esperei muito, e na triagem a moça me falou que teria que fazer o teste da Covid-19 particular porque a UPA não estava fazendo desde a semana passada, um absurdo isso".

Outra paciente que mora no bairro Jureminha, que preferiu não se identificar relatou entrou em contato por mensagem do WhattsApp e relatou que chegou por volta das 13:30 horas, e até às 18 horas ainda não havia sido atendida. Ela ainda reclamou do porteiro. FONTE OEIRAS EM FOCO

"Esse tempo todo, fui reclamar e o porteiro me tratou como se eu fosse um lixo, fui conversar com a Assistente Social e ele ainda ficou dizendo que eu estava mentindo, atrapalhando a conversa, vou ligar para as rádios e mandar para a TV amanhã", desabafou a mesma que tem uma filha pequena em casa.

Ao chegarmos no local, uma paciente levantou e abordou nossa equipe de imediato. "Pablo, por favor, ver o que você pode fazer por mim, estou aqui a tarde toda", implorou a paciente. Ela foi chamada uns 20 minutos depois.

No local foi possível observar que a maioria estavam com aparência de síndrome gripal.

O que diz a UPA

Ao falarmos que íamos entender a situação, a Assistente Social recebeu uma pessoa da nossa equipe explicou e justificou que nesta quarta-feira houve um problema pontual.

"Olha antes desde tudo, por mim, todo mundo seria atendido rápido, mas está complicado para todo mundo, para quem fica lá fora esperando, para nós aqui que estamos dando a vida, para o médico que até 15 horas me relatou que não tinha ido tomar banho e não tinha almoçado", explicou Neusa.

Neusa disse ainda que hoje só tinha um médico de plantão, pois a outra médica teve que se ausentar por questões de força maior.

"Hoje está sendo complicado mais ainda, o avô de uma médica que estava de plantão faleceu, não pode ficar. Um médico só e complicado, se chega atendimento vermelho (emergência), ele tem que deixar tudo e prestar atendimento. Chegou um paciente praticamente em óbito de Simplício Mendes, o óbito terminou se confirmando, enquanto isso as outras pessoas de classificação de risco menor espera. A maioria não entende, mesmo que a gente explica, já foi filmada... olha você não imagina", justificou a Assistente Social.

O que diz o Diretor do complexo HRDC/UPA

Em contato telefônico com o Diretor do Complexo HRDC/UPA o mesmo deu uma série de explicações para a sociedade oeirense e também outras cidades do Vale do Canindé.

Segundo Alípio Sady, a população de Oeiras e de outras cidades do Vale do Canindé, tem uma cultura de ao sentir alguma coisa já procurar a UPA, e isso sobrecarrega o sistema. Ele disse ainda que o complexo está com mais de 80 colaboradores afastados por Covid.

"Pablo já observei que é uma cultura... o povo de Oeiras e região procura a UPA por sentir uma dor na perna há 5 dias, por exemplo, e isso poderia e/ou deveria ser atendido na Unidade Básica de Saúde por exemplo. Chega a emergência, os médicos de plantão precisam prestar o atendimento e esses pacientes com classificação de risco menor termina esperando por mais tempo para ser chamados. Recentemente estava olhando nosso relatório de atendimento e vi a quantidade de pacientes que poderiam ter procurado o atendimento primário nos postos de saúde de sua cidade. Para você ter uma ideia, já estamos é orientando e cortado mais, tinha paciente que ia lá para o médico olhar o resultado do exame que nem foi solicitado pela gente".

Ao ser questionado sobre qual seria a solução para amenizar a situação relatada hoje pelos pacientes, Sady foi objetivo.

"É uma coisa que sai da minha alçada, as UPAS's tem uma classificação pelo Ministério da Saúde de 1 a 4, cada classificação tem a quantidade de profissionais máximos, a de Oeiras por exemplo, só pode ter 2 médicos de plantão, sigo essas diretrizes, nesse ponto por enquanto não posso fazer nada".

O Diretor confessou que vem pensando em formas de educar a população com relação à busca pelo atendimento para ver se desafoga mais a unidade.

"Estamos todos sujeitos, você passou por isso dias desses com sua vó, eu no mesmo dia testei positivo para a Covid em pleno trabalho, tudo lotado com a pademia e com a epidemia da gripe. Já estamos trabalhando na orientação dos pacientes quando identificamos alguém que poderia ser atendido na Unidade Básica de Saúde. Trabalhar com vocês (imprensa), tem a opção de fazer panfletagem, em fim... dentro da medida do possível vamos buscar soluções. Pedimos a compreensão da população, principalmente agora".


 

Redação
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