''Estou bem e cada dia melhor!' Confira uma entrevista com a 1ª paciente a ter Covid 19 em Oeiras

Juliana Aparecida, 31 anos, é uma jovem oeirense conhecida por sua alegria, espontaneidade e por estar sempre presente em muitos lugares em Oeiras, sempre participativa.

Mãe de uma criança de 09 meses, ela foi o primeiro caso confirmado da Covid 19 em Oeiras. Após o diagnóstico, Juliana foi internada no Hospital Regional Deolindo Couto, em uma ala reservada apenas para os pacientes acometidos pela doença. Foram 14 dias internada, além do acompanhamento médico para evitar que a doença se agravasse.

No dia 08 de maio, Juliana Aparecida teve alta médica e pôde retornar para sua residência onde reencontrou sua família em especial seu filho de 9 meses.

Nesta segunda-feira, Juliana concedeu uma entrevista onde falou sobre os dias internada e sobre o impacto de ter a Covid 19. Confira:

Como foi para você receber o diagnóstico da Covid 19?
Foi tranquilo. Em momento algum eu não me desesperei, aceitei a situação, já que eu procurei, pois não segui as orientações, não ficando em casa. Se eu tivesse ficado em casa, não teria contraído a doença, pois ficar em casa é a única forma de evitar o contágio. Mas reagi de forma tranquila sempre tendo fé em Deus. Meu lema é esse: Deus é maior

O que mais te preocupou quando recebeu o diagnóstico?
Quando recebi o diagnóstico pensei logo em meu filho. Essa foi a minha maior preocupação. Senti medo de morrer e deixa-lo e ele ter se contaminado

Você sabe como contraiu a Covid 19?
Não faço ideia, pois andei em vários lugares e tive contato com muitas pessoas, de forma que não tenho como precisar como foi o meu contágio.

Como foi esse período de isolamento e tratamento da doença?
É uma coisa que eu não desejo nem para o meu pior inimigo, não foi fácil, mas superei graças a Deus.

Você foi comunicada pelos médicos e enfermeiros sobre os medicamentos que foram aplicados durante o tratamento?
Sim, sempre fui informada.

Qual foi a parte mais difícil do tratamento?
Ter que ficar em isolamento e os efeitos colaterais dos medicamentos usados.



Quantos dias você ficou internada e como era a sua rotina no hospital?
Fiquei 14 dias e meio. Minha rotina era normal, tranquila, tomava as medicações e ficava 24h com o celular na mão. (Kkkkkkkkkk)

Como você avalia a equipe que tratou de você?
Equipe exemplar, de responsabilidade mesmo e competência.

Qual foi a sua sensação ao receber a informação que já estava curada?
Isso eu já tinha certeza que iria acontecer, pois senti várias vezes Deus falando comigo que iria me curar, então a informação dos profissionais foi só uma confirmação da resposta de Deus. Foi uma sensação de alegria em poder ir para e casa ver meu filho.

Vemos que desde o início você não escondeu que estava com a Covid 19, inclusive postava em suas redes sociais. O que fez com que você tornasse público que estava com a doença?
O que eu não quero para mim eu não dou aos outros e nem fui a primeira e nem serei a última vítima dessa doença.

E o que a Covid 19 mudou em sua vida?
Digamos que essa doença me fez ver de verdade quem são as verdadeiras pessoas que tem que ficar ao meu lado. Ela me ensinou a ter mais maturidade.

Depois que saiu do hospital, como as pessoas te trataram? Em algum momento sentiu alguma manifestação de preconceito?
Sim de algumas pessoas, mas de outras como sempre com consideração e carinho.

Que conselho você deixa para os oeirenses?
Não ficar brincando com coisa séria. Essa doença não brinca! Hoje eu saí viva graças a Deus, mas eu quase morri! Mas você não sabe de si, então todo o cuidado é pouco. Obedecer às recomendações do Ministério da Saúde para não acontecer com você o que aconteceu comigo. Ficar insolado não é bom, o tratamento é dolorido, os efeitos colaterais são insuportáveis. E vamos parar de preconceitos por que esse vírus não escolhe a quem vai atingir e vamos ter mais solidariedade uns com os outros e manter todos os cuidados.

Após passar por todos esses momentos, a quem você quer agradecer?
Quero agradecer primeiramente a Deus, depois aos profissionais da UPA e do Hospital Regional Deolindo Couto, pois sem eles eu não seria nada, principalmente a Dr. Nilson que foi ele que me deu conselho para procurar a UPA. Quero agradecer ao diretor Alípio Sady pela bela administração que ele faz, a Dra. Alice, Dra. Alessandra, Dra. Jéssica, Dr. Jean, Dr. Lucas, as enfermeiras e técnicas de enfermagem, aos padres, a secretaria de saúde, ao prefeito Zé Raimundo, aos meus amigos, principalmente Mayra Raquel que ia na minha casa suprir as necessidades do meu filho, amiga de todas as horas! ao Tiel Reis, dona Zilene Reis, Jhordan Smith, Lucas Dantas, Quitéria Almeida, alguns dos meus familiares, principalmente minha tia Maria que tomou de conta da situação e do meu filho, ao meu tio padre José Francisco, as minhas tias e primos que moram em São Paulo, a Mariana que passava a palavra de Deus pra mim, alguns vizinhos e, mais uma vez a Deus, por não ter contaminado ninguém, principalmente meu filho que é tão pequenininho; ao meu marido por sempre estar cuidando de mim e me apoiando em todos os momentos da minha vida, enfim a todos os oeirenses que rezaram por mim e torceram pela minha recuperação. Agradeço de coração e quero dizer para minha mãe e minhas irmãs que não tenham receio de mim porque eu contraí o vírus. Fui tratada, ou melhor, curada e ninguém é melhor do que ninguém. Vocês precisam conhecer o verdadeiro evangelho da palavra de Deus, pois o amanhã a Deus pertence. Agradeço também a você Lameck Valentim pela entrevista e dedicação.

FONTE: MURAL DA VILA
Redação
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