Na arquibancada, uma torcida que apoia na vitória e na derrota, mas não poupa jogadores e principalmente o técnico Abel Braga de protestos, com xingamentos diretos. Já em campo, um time que joga mal, mas consegue a virada no apagar das luzes e abraça o treinador. A equipe sob o comando do técnico não apresenta um bom futebol após quase seis meses de trabalho, e funciona no susto, como ontem. As informações são do Extra.
O resultado de 3 a 2 sobre o Athletico-PR deixou o Flamengo em quinto lugar no Brasileiro, só que esteve longe de abafar o óbvio. ''Meu coração está melhor que eu pensava. A equipe não fazia uma grande partida mas não deixou de acreditar. Foi uma emoção enorme. Eles (torcida) foram pra casa satisfeitos'', destacou Abel, ao resumir o jogo.
O domínio do Athletico-PR, que marcou duas vezes com Marcelo Cirino, foi claro. Assim como os vacilos dos visitantes, que permitiram o Flamengo virar com Bruno Henrique e o zagueiro, após Gabriel abrir o placar em pênalti polêmico.
A reação da equipe foi interpretada como um ponto positivo, embora o treinador tenha destacado que o Flamengo já jogou melhor. Na torcida, após a explosão no gol de Rodrigo Caio aos 51 minutos, os protestos não cessaram, e seguiram pela rampa do estádio.
Vaiado desde a escalação, Abel virou alvo de palavras de ordem depois que o Flamengo sofreu o empate. E o volume das críticas só aumentou com o tempo.
Técnico se escora em apoio do time
Abel reagiu com serenidade de quem tem o grupo ao seu lado ao comentar os protestos da torcida do Flamengo. Segundo ele, qualquer treinador passaria pela pressão pela qual ele passa. Mas Abel entende que a reação dos jogadores demonstra a sua importância.
''O torcedor falou que o Flamengo não precisa de mim. Mas meu grupo precisa de mim. Não sei se mexeu com o grupo. Se o Flamengo não precisa não sou eu que decido'', afirmou o técnico, que estava na sala de coletiva apenas com o respaldo do diretor executivo Carlos Noval, que não se manifestou.
Abel reiterou que o trabalho se baseia na confiança dele no grupo e do elenco no trabalho da comissão técnica, que ao fim da coletiva lhe deu apoio do lado de fora do Maracanã.
''Tivemos lições e coisas que devemos fazer mais. Acreditar no que se faz. Nos jogadores. Eles acreditam neles. E eles acreditam em mim'', resumiu Abel, abraçado pelos atletas.
Matéria da Redação
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